Um dia, foi buscar comida em um celeiro que era um pouco distante de sua casa e, para sua surpresa, ao chegar, viu um botão de lírio que se abria, fazendo surgir uma delicada florzinha. Aproximou-se e disse:
- Olá! Sabe? Você é muito bonito! Quem é você?
A florzinha respondeu:
- Sou um lírio. Obrigado. E você quem é? É muito simpático!
- Obrigada! Sou uma formiga.
Ao anoitecer, a formiga voltou à sua casa, não sem antes prometer ao lírio que voltaria no dia seguinte. Enquanto caminhava, a formiga descobriu que admirava seu amigo e que gostava muitíssimo dele. Prometeu a si mesma que amanhã lhe diria que sua maneira de ser o encantava.
O lírio, quando ficou sozinho, disse a si mesmo: " Como gosto da amizade da formiga! Amanhã, quando ela vier, lhe direi isso".
Mas, no dia seguinte, a formiga se deu conta de que não havia trabalhado nada no dia anterior, pois ficara de prosa com o lírio, e decidiu que iria repor o tempo perdido. Pensou: "Amanhã irei ver o lírio; hoje não posso, estou muito ocupada; amanhã lhe direi que o admiro muito e que estou sentindo saudades dele".
No dia seguinte, amanheceu chovendo e a formiga não pôde sair de casa: "Que azar! Hoje também não verei o lírio. Bem, não importa, amanhã lhe direi o quanto ele é especial para mim".
No terceiro dia, a formiguinha acordou muito cedo e foi a celeiro, mas ao chegar, encontrou o lírio no chão, sem vida. A chuva e o vento haviam destruído seu talo. Então a formiga pensou: "Como fui boba! Desperdicei tanto tempo! Meu amigo se foi, sem saber quanto eu o queria! Como me arrependo!"
E assim os dois nunca souberam o quanto eram importantes um para o outro.
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