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       Havia, certa vez, um velhinho que estava doente e cansado. Ele tinha quatro filhos e de nenhum deles recebia a menor atenção.

         Vivia em uma enorme pobreza. Sobrevivia a duras penas. Em sua granja perambulavam umas poucas galinhas fracas que vivam quase que por milagre mas, pelo menos, não deixavam de pôr um par de ovos por dia. O restante de sua dieta se resumia numas frutas silvestres, cada dia colhidas com maior esforço.

         Um dia, mexendo em suas coisas, encontrou duas moedas de prata e teve uma idéia genial. Trocou-as na cidade, num antiquário, por um velho baú.

         Deu um jeito de trazê-lo para casa. Colocou-o em um lugar bem à vista. Quando, casualmente, um de seus filhos o visitou, perguntou intrigado:

         - O que o senhor guarda aí?

         - Um segredo que vocês só conhecerão no dia em que eu morrer, pois guardo nesse baú toda a minha herança.

         No outro dia, enterrou-o embaixo de sua cama.

         Qual não foi sua surpresa a partir de então! Todos os dias, um filho o visitava, durante o dia. Levavam-lhe leite e mel e se revezavam na limpeza do casebre.

         Um dia, seu tempo terminou e o velho morreu em sua casinha, na granja. De imediato, os filhos acorreram, não tanto para velá-lo, mas para ver qual seria sua herança.

         Tiveram uma enorme surpresa ao encontrar apenas um pedaço de papel, dentro do baú, escrito com letra trêmula: "Meus filhos, o autêntico amor não espera. Entrega-se generosamente, sem esperar recompensa. Minha herança é que aprendam a amar. Gostaria de ter lhes deixado mais, mas meu único legado é agradecer-lhes pelo que me deram em vida".

         Os quatro irmãos, por fim, compreenderam que um bom pai pode dar a vida por seus filhos, mas alguns não dão nada em vida por seus pais. Em profunda reflexão e com lágrimas nos olhos, deram-lhe finalmente uma digna sepultura e um deles, quando jogou o último punhado de terra, despediu-se, dizendo:

         - Prometo ao senhor, meu pai, amar sem nada esperar!

 (Miguel Angel Cornejo)

Cuidado com os pensamentos


Certa vez, ia uma mulher andando pela rua e, na frente dela, dois homens, um atrás do outro caminhavam também.
Num momento dado, o primeiro entrou numa loja, deixando cair despercebidamente a sua carteira. O homem que o seguia recolheu-a rapidamente, olhou seu conteúdo e a colocou no bolso, seguindo seu caminho.

A mulher, em vez de condenar aquele homem, afirmou silenciosamente a bondade daquele homem já que tinha sido criado à imagem e semelhança de Deus. Falou para si que os filhos de Deus são honestos e que o que os sentidos vêem não é mais que mentira: um filho de Deus só pode agir de maneira correta e justa. Ela afirmou que, apesar do que seu olhos tinham visto - uma conduta pouco honesta - apesar das aparências, no fundo, a profunda identidade espiritual daquele homem era boa e estava unida a Deus.

Entretanto, as coisas se precipitaram. O homem que tinha perdido sua carteira saiu rapidamente, procurando-a por toda parte.

Simultaneamente, o outro homem que a tinha encontrado voltou sobre seus passos e entregou a carteira ao seu dono, apontando a mulher e dizendo:

- Essa mulher me disse que devia lhe entregar a carteira.

E ela não lhe tinha dirigido nenhuma palavra.


Os comentários que a mulher fez sobre a realidade que se escondia atrás das aparências foram os seguintes:

- Aquele homem teve a reação própria diante da Verdade de Deus que lhe tocou o coração.
- É importante não dar asas aos pensamentos negativos sobre as pessoas.
- Amar o próximo é reconhecer a criação perfeita de Deus nele e em cada pessoa.
- Os outros são capazes de ler os pensamentos que temos e que levamos como que gravados numa tela invisível, muitas vezes sem sabê-lo.

Semear

            Dona Angélica era professora. Residia em uma pequena cidade e dava aulas numa vila próxima. Não era considerada uma pessoa equilibrada em razão do seu comportamento que parecia um tanto esquisito. Os alunos da escola de primeiro grau tinham-na como uma pessoa muito estranha. Eles observavam que a professora, nas suas viagens de ida e volta do lar à escola, fazia gestos e movimentos com as mãos que não conseguiam entender e, por esse motivo, pensavam que ela era meio fora do juízo. Pela janela do trem, dona Angélica fazia acenos como se estivesse dizendo adeus a alguém invisível aos olhos de todos.
            As crianças faziam zombarias, criticavam-na, mas ela não sabia, pois os comentários eram feitos às escondidas.Todos, inclusive os pais e demais professores, achavam que ela era maluca, embora reconhecessem que era uma excelente educadora.
            Os anos se passavam e a situação continuava a mesma.Várias gerações receberam da bondosa e dedicada professora ensinamentos valiosos e abençoados. Dona Angélica era uma pessoa de boas maneiras, calma e gentil, mas não muito bem compreendida. Envelhecia no exercício do dever de preparar as crianças para um futuro melhor, com espírito de abnegação e devotamento quase maternal.
            Certo dia em que viajava para sua querida escola, com diversas crianças na mesma classe do trem, movimentava, como sempre, as mãos para fora da janela. Os alunos sentados na parte de traz sorriam maliciosamente, quando Alberto, seu aluno de dez anos, sentou-se ao seu lado e, com ternura lhe perguntou:

            - Professora, por que você insiste em continuar com essas atitudes loucas?
            - Que deseja dizer, filho? - interrogou, surpresa, a bondosa senhora.
            - Ora, professora - continuou ele - você fica abanando as mãos para os animais ou... Isso não é loucura?
            A mestra amiga compreendeu e sorriu. Sinceramente emocionada, chamou a atenção do aluno, dizendo:
            - Veja minha bolsa - e apontou para a intimidade do objeto de couro forrado.
            - Nota o que há aí dentro?
            - Sim - respondeu Alberto. - Eu vejo que há algo aí, mas o que é isso ?
             A professora respondeu calmamente:
            - É pólen de flores. São pequenas sementes... Há quase vinte anos eu passo por este caminho, indo e vindo da escola. A estrada, antes, era feia, árida, desagradável. Eu tive a idéia de a embelezar, semeando flores. Desse modo, de quando em quando, reúno sementes de belas e delicadas flores do campo e as atiro pela janela... Sei que cairão em terra amiga e, acarinhadas pela primavera, se transformarão em plantas a produzirem flores, dando cor e alegria à paisagem. Como você pode perceber, a paisagem já não é mais árida. Há flores de diversos tipos e suave perfume que a brisa se encarrega de espalhar por todos os lados.
Retirado e adaptado do livro infantil "O Semeador".

 Na vida, todos somos semeadores... Uns semeiam flores e descobrem belezas, perfumes e frutos. Outros semeiam espinhos e se ferem nas suas pontas agudas. Ninguém vive sem semear, seja o bem, seja o mal... Felizes são aqueles que, por onde passam, deixam sementes de amor, de bondade, de afeto...

Coração de Jesus salta do peito

            Padre Júlio entra na capela com o menino Daniel, de 7 anos, vivo, atento, sensível. O menino percebe a imagem do Sagrado Coração de Jesus e pergunta:

            - Padre Júlio, por que o coração dele está pra fora? O Padre, surpreendido e embaraçado pela pergunta, devolve para o menino:

            - E você, Daniel, sabe por que o coração dele está para fora?

            O menino responde, preciso:

            - Eu sei! O coração dele está pra fora porque ele ama muito. Quem ama demais, o coração salta pra fora!

            O Padre insiste:

            - E daí, Daniel?

            - Daí, Padre Júlio, dói pra caramba!
 
            Daniel, contaminado desde bebê pelo vírus HIV, faleceu pouco tempo depois.
 
(Adaptado da Folhinha do Sagrado Coração de Jesus)

A lição da borboleta

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo. Um homem sentou-se e observou a borboleta por várias horas, enquanto ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.

Então, pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso. Parecia que tinha ido mais longe que podia e não conseguia avançar além.

O homem decidiu ajudar a borboleta. Pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta, então, saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e se esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar a tempo.

Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia que o casulo apertado e o esforço é justamente o que precisamos.

Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas, sem quaisquer obstáculos, Ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sidos. Nós nunca poderíamos voar.
 

Eu pedi a Força...e Deus me deu dificuldades para me fazer forte.
Eu pedi Sabedoria...e Deus me deu problemas para resolver.
Eu pedi Prosperidade...e Deus me deu cérebro e músculos para trabalhar.
Eu pedi Coragem...e Deus me deu perigo para superar.
Eu pedi Amor...e Deus me deu problemas para ajudar.
Eu pedi Favores...e Deus me deu oportunidades.

Eu não recebi nada do que eu pedi...
Mas recebi tudo o que precisava...

Ressurreição


Havia, certa vez, duas irmãs que moravam juntas. Uma delas chamava-se Violeta e a outra, Amara.

Violeta era muito linda, loira e de olhos azuis, enquanto Amara era morena e de olhos bem pretos.

Amara tinha muita inveja e ciúme de sua irmã e se dava mal com ela.

Aconteceu que Violeta ficou apaixonada por um pedreiro que estava construindo a Catedral de Paris. Esse pedreiro era leproso. Além do amor, Violeta sentia também compaixão por ele. Um dia, abraçou-o e beijou-o com ternura como qualquer pessoa que está amando. Isso custou-lhe ficar doente também: pegou a lepra. Conforme seu corpo foi ficando desfigurado, mais ia sendo marginalizada pelas pessoas.

Por sua vez, Amara cresceu, venceu na vida, casou-se e teve um filho. Mesmo assim, continuou a sentir inveja da irmã e nunca a visitou em sua doença.

Num dia de Natal, sua criança adoeceu e veio a falecer.

Amara, desolada, lembrou-se de Violeta que tinha fama de santidade e levou o filho morto para ela. Violeta tomou o cadáver do sobrinho, no momento em que começavam os cânticos de Natal na Catedral...

Exatamente quando se cantava: "Hoje nasceu para nós um Menino, um Menino nos foi dado...", a criança reviveu.

Mas... para surpresa de Amara, seus olhos não eram mais pretos, e sim azuis, iguais aos de Violeta!!!

Um irmão como esse


            Um amigo meu chamado Paul ganhou um automóvel de presente de seu irmão no Natal. Na noite de Natal, quando Paul saiu de seu escritório, um menino de rua estava andando em volta do reluzente carro novo, admirando-o.

            - Este carro é seu, senhor? - ele perguntou.

            Paul assentiu:

            - Meu irmão me deu de Natal.

            O garoto ficou boquiaberto.

            - Quer dizer que foi um presente de seu irmão e não lhe custou nada? Rapaz, quem dera... - hesitou ele.

            É claro que Paul sabia o que ele ia desejar. Ele ia desejar ter um irmão como aquele. Mas o que o garoto disse, chocou Paul tão completamente que o desarmou:

            - Quem me dera - continuou o garoto - ser um irmão como esse!

             Paul olhou o garoto com espanto, e então, impulsivamente, acrescentou:

            - Você gostaria de dar uma volta no meu automóvel?

            - Oh, sim, eu adoraria.

            Depois de uma voltinha, o garoto virou-se e, com os olhos incandescentes, disse:

            - O senhor se importaria de passar em frente a minha casa?

             Paul deu um leve sorriso. Pensou que soubesse o que o rapaz queria. Ele queria mostrar para os vizinhos que podia chegar em casa num carrão. Mas Paul estava novamente enganado.

            - Pode parar em frente àqueles dois degraus? - perguntou o garoto.

            Ele subiu correndo os degraus. Então, passados alguns momentos, Paul ouviu-o retornar, mas ele não vinha depressa. Carregava seu irmãozinho paralítico. Sentou-o no degrau inferior e depois fortemente o abraçou e apontou o carro:

            - Aí está ele, amigão, exatamente como eu te contei lá em cima. O irmão deu o carro a ele de presente de Natal e não lhe custou nem um centavo. E, algum dia, eu vou te dar um igualzinho... então você poderá ver com seus próprios olhos, nas vitrines de Natal, todas as coisas bonitas que eu venho tentando lhe contar.

            Paul saiu do carro e colocou o rapaz no banco da frente. O irmão mais velho, com os olhos brilhando, entrou atrás dele e os três deram uma volta comemorativa.

             Naquela noite, Paul aprendeu que a felicidade maior nós sentimos quando a proporcionamos a alguém. 

 Dan Clark

Um verdadeiro amigo

             Disse um soldado ao seu tenente:

            - Meu amigo não voltou do campo de batalha, senhor. Solicito permissão para buscá-lo.

             Respondeu o oficial:

            - Permissão negada! Não quero que você arrisque sua vida por um homem que, provavelmente, está morto!

             O soldado, ignorando a proibição saiu e, uma hora mais tarde, voltou mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo. O oficial estava furioso:
              - Eu não lhe disse que ele estava morto?! Diga-me, valia a pena ir até lá para trazer um cadáver?

             E o soldado, moribundo, respondeu:


              - Claro que sim, senhor! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e pôde me dizer: "Tinha certeza que virias!"

Quando Deus criou os pais

            Quando Deus criou os pais, começou com um molde grande. Um anjo aproximou-se e disse:

            - Que espécie de pai é esse? Se estás fazendo crianças tão próximas do chão, por que colocas um pai tão lá em cima? Não poderá jogar búricas sem se ajoelhar, cobrir uma criança na cama sem torcer as costas, ou beijar um  menino sem se curvar.

            Deus sorriu e disse:

            - Sim, mas se o fizer do tamanho de um menino, igual ao tamanho de quem, esse menino deverá crescer?

            E quando fez as mãos do pai, estas eram grandes. O anjo balançou a cabeça e disse:

            - As mãos grandes não podem colocar uma fralda, abotoar botões pequenos, fazer um curativo ou tirar um estrepe fincado por jogar beisebol com o taco de madeira.

            Novamente, Deus sorriu e disse:

            - Eu sei, mas são suficientemente grandes para conter tudo o que um garoto esvazia de seus bolsos, e bastante pequenas para acariciar o rosto de uma criança com apenas uma delas.

            Então, Deus amoldou pernas grandes e finas e ombros largos.

            - Tu te deste conta de que fizeste um pai sem colo? - disse o anjo sussurrando.

            Deus respondeu:

            - Uma mãe requer um colo. Um pai necessita de ombros fortes para empurrar um trenó, equilibrar um filho na bicicleta, ou sustentar a cabeça sonolenta de um pequeno como um grande malabarista.

            Quando Deus já estava no meio da criação, se apresentaram os maiores pés vistos até então. O anjo não pôde conter-se mais:

            - Isto não é confiável! Acreditas, honestamente, que esses pés vão chegar rapidamente à cama do bebê, quando ele chorar de madrugada, ou andar no meio de uma festa de aniversário, sem pisar nos hóspedes?

            - Depois verás. Eles trabalharão, suportarão e terão força para pedalar, carregando uma criança pequena num passeio de bicicleta pela montanha, ou assustarão ratos em um cabana de verão, e mostrarão ao pequeno o desafio de preencher seus sapatos.

            Deus trabalhou a noite inteira, deu ao pai poucas palavras, mas uma voz firme para mostrar autoridade; olhos que vêem tudo, mas com calma e tolerância. Finalmente, acrescentou as lágrimas. Então, voltou-se para o anjo e disse:

            - Agora estás satisfeito? Ele pode amar intensamente como uma mãe é capaz!

            E o anjo não disse mais nada.
imagens: weheartit.com

A mulher esfarrapada

Um casal e seus três filhos foram passar o dia na praia. As crianças construíam um castelo de areia junto à água quando, então, surgiu no horizonte uma anciã, com os cabelos desgrenhados, roupas sujas e esfarrapadas, agitadas pelo vento, balbuciando frases desconexas, revolvendo o chão, catando e colocando coisas em uma bolsa.

A reação foi instintiva e imediata. Os pais chamaram as crianças recomendando que não se aproximassem da velha. Quando ela passou junto a ele, inclinando-se uma ou outra vez para recolher objetos no chão, voltou-se e sorriu para todos, cumprimentando-os. A família silenciou e não retribuiu a saudação.

Algumas semanas mais tarde, souberam que essa senhora, há anos dedicava todo seu tempo, limpando as praias dos cacos de vidros, para que as crianças e banhistas não ferissem os pés.

O segredo do Samurai

            Perto de Tóquio, vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
            Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama.  Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio.

            Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais. Durante horas, fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

            Desapontados pelo fato de o mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:

─ Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?

─ Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? ─ perguntou o Samurai.

─ A quem tentou entregá-lo ─ respondeu um dos discípulos.

            ─ O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos ─ disse o mestre. ─ Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir...
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Pergunte, analise antes...

             Um jovem executivo estava saindo do escritório quando avista o presidente da empresa com um documento na mão em frente à máquina de picotar papéis.

            - Por favor - diz o presidente -, isto e muito importante  pra mim, e minha secretaria já saiu. Você sabe como funciona esta  máquina?

            - Lógico !!! - responde o jovem executivo.

            Ele pega o papel das mãos  do presidente, liga a máquina, enfia o documento e aperta um botão.

            -  Excelente, meu rapaz !!! Muito obrigado.....Eu preciso de 01 cópia. Onde sai ?


Executar não é tudo !!! Pense, pergunte, analise !!!!

O segredo da indiferença à riqueza

            Conta-se que um rei da Índia, muito rico, tinha a fama de ser indiferente às riquezas materiais. Um súdito quis averiguar seu segredo.

            O rei lhe disse:

            - Eu o revelarei, se você percorrer meu palácio para conhecer a magnitude de minha riqueza. Mas terá que levar uma vela acesa. Se ela se apagar, você será decapitado.

            Ao final do passeio pela casa, o rei lhe perguntou:

          - O que você achou da minha riqueza?

            O súdito respondeu:

            - Não vi nada. Só tive a preocupação de não deixar que a chama se apagasse.

            O rei lhe disse:

            - Pois esse é o meu segredo. Estou tão preocupado tratando de reavivar minha chama interior, que não me interesso pelas riquezas de fora.

Avivemos nossa chama espiritual.
Não só teremos melhores relações interpessoais, como também seremos mais felizes.

O que você escolheria?


    Certa vez, um pai sentou-se com seus três filhos no jardim e lhes perguntou:
    - Suponhamos que vocês pudessem ter qualquer coisa que seus corações desejassem. O que escolheriam?
    - Eu desejaria ser bonita - respondeu sua filha. - Todo mundo gosta do belo, assim, todos gostariam de mim.
    - Como você é boba! - acrescentou o irmão. - Lembra de como era bonita sua amiga Lolita, antes de ter varíola? A beleza é passageira. Eu  desejaria ser rico. O dinheiro controla o mundo e, com ele, compraria tudo o que quisesse.
    O terceiro, então, deu sua opinião:
    - Creio que você é tão ignorante como nossa irmã. Perdemos o dinheiro tão facilmente quanto a beleza. Meu desejo seria ter sabedoria. Ninguém poderia tirá-la de mim.
   O pai que estivera ouvindo silenciosamente, levantou-se e, com uma varinha, escreveu um grande número de zeros na terra e lhes disse:
    - Todas as coisas que vocês disseram - beleza, riqueza e sabedoria - nada são para um homem inteligente. São como muitos zeros. Mas, se colocarem um número na frente deles, se converterão num grande tesouro. A única coisa que realmente importa é a virtude, que é um presente de Deus. A virtude, por si só, fará as pessoas bonitas, ricas e sábias.

O incêndio

      Um edifício de nove andares, no centro de uma grande cidade, estava se incendiando. As pessoas, rapidamente, ao perceberem o que ocorria, saíram de seus apartamentos, exceto um menino de oito anos de idade, que dormia no oitavo andar enquanto seu pai havia saído às compras da casa e sua mãe estava viajando.
      As chamas aumentavam e os bombeiros tentavam apagá-las, sem sucesso. O drama aumentou quando eles perceberam que havia uma criança no oitavo andar. Tentaram resgatá-la com a escada, mas não era possível encostá-la, pois as chamas dominavam todas as paredes do prédio. Ouve-se, então, os gritos do menino:
     - Papai, estou com medo!!!
    O pai o escuta e lhe diz, chorando:
    - Filho, não tenha medo. Estou aqui em baixo. Não tenha medo!
    Mas o menino não o via.
    - Papai, não o vejo. Só vejo fumaça e fogo!
    Mas o pai o via na janela, iluminado pelo fogo.
    - Mas eu vejo você, meu filho. Pule, que nós o seguramos aqui embaixo. Vamos, pule!!!
    E o filho diz:
   - Mas eu não o vejo, papai!
   O pai responde:
   - Você sabe o que deve fazer. Feche os olhos e pule. Pule!!!
  O menino diz:
  - Papai, não o vejo, mas lá vou eu!
  E quando pulou, lá embaixo, o apararam.
  Então, o pai o abraça e chora junto com o filho. O filho compreende que, às vezes, mesmo que não veja seu pai, pode confiar nele, em suas palavras.
Assim é nossa vida. Muitas vezes, há muitos incêndios, passamos por problemas parecidos com o deste menino e Deus, nosso Pai, nos diz: "Salte, confie em mim!" e nós temos que saltar, mesmo sem nada ver, sem sentir nada, apenas apoiados na fé. Temos que seguir adiante, só pela fé. Porque só a sua Palavra nos basta!

Uma lenda judaica


            Deus convidou um Rabino para conhecer o céu e o inferno.

            Ao abrirem a porta do inferno, viram uma sala, em cujo centro havia um caldeirão onde se cozinhava uma suculenta sopa. Em volta dela, estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher de cabo tão comprido que lhes permitia alcançar o caldeirão, mas não suas próprias bocas.

            O sofrimento era imenso. Em seguida, Deus levou o Rabino para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica à primeira, e havia o mesmo caldeirão, com as pessoas em volta e as colheres de cabo comprido. A diferença era que todos estavam saciados.

            - Eu não compreendo - disse o Rabino -, por que aqui as pessoas estão felizes, enquanto na outra sala morrem de aflição, se é tudo igual?!

            Deus sorriu e respondeu:

             - Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos outros...

Sorvete para a alma

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            Na semana passada, levei meus filhos a um restaurante. O de seis anos de idade perguntou se podia dar graças. Quando inclinamos nossas cabeças, ele disse:

            ─ Deus é bom, Deus é grande. Graças pelos alimentos; e eu estaria muito mais agradecido se mamãe nos desse sorvete na sobremesa. Liberdade e Justiça para todos. Amém

            Junto com os risos dos clientes que estavam próximos, escutei uma senhora comentar: “Isso é o que está errado neste país, as crianças de hoje em dia não sabem como orar... pedir sorvete a Deus...! Nunca havia escutado antes!”. Ao ouvir isso, meu filho começou a chorar e me perguntou:

─ Eu fiz mal? Deus está bravo comigo?

            Confirmei a meu filho que ele havia feito uma linda oração e que Deus, seguramente, não estaria bravo com ele.

            Um senhor de idade se aproximou da mesa. Piscou para meu filho e disse:

            ─ Tenho certeza de que Deus pensou que aquela foi uma excelente oração.

            ─ Sério ─ perguntou meu filho.

            ─ Pois é claro!

            Em seguida, acrescentou num sussurro dramático, indicando a mulher cujo comentário havia iniciado aquele assunto:

            ─ Que pena... ela nunca pediu sorvete para Deus. Um pouco de sorvete, às vezes, é ótimo para a alma.

            Como era de esperar, comprei sorvete para meus filhos, no final da refeição. Meu filho ficou olhando fixamente para o seu, por um instante e, a seguir, fez algo que nunca me esquecerei pelo resto de minha vida. Pegou seu sorvete e, sem dizer uma só palavra, foi até à senhora e colocou-o à frente dela. Com um grande sorriso lhe disse:

            ─ Tome-o, é para a senhora. O sorvete é bom para a alma e a minha já está muito bem.

Você pode

            Conta-se que dois meninos patinavam sobre uma lagoa congelada, numa tarde nublada e fria, quando, de repente, o gelo partiu-se de um dos meninos caiu na água.

            O outro menino, vendo que o amigo estava se afogando embaixo do gelo, pegou uma pedra e começou a bater com todas as suas forças, até que conseguiu quebrá-lo e salvar seu amigo.

            Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram:

            - Como fez isso? O gelo está muito grosso! É impossível que tenha conseguido quebrá-lo com essa pedra e suas mãozinhas tão pequenas!

            Nesse instante, apareceu um velhinho que disse:

            - Eu sei como ele fez isso.

            - Como?

            - Não havia ninguém por perto que lhe dissesse que não conseguiria...

Se você pode imaginar algo, pode realizá-lo.

Reconhecer o Cristo

            Um jovem sentia  um desejo obsessivo de conhecer a Verdade, de tal forma que, abandonando sua família  e amigos, partiu à sua procura.
            Viajou por muitos países, navegou por muitos mares e percorreu muitas montanhas. Numa palavra, passou por dificuldades e sofrimentos sem fim.
            Certo dia ao acordar,  percebeu que já tinha completado 75 anos e ainda não tinha descoberto a Verdade que tanto  procurava. Então, cheio de tristeza, decidiu renunciar à sua busca e voltar para sua casa.
            Ainda demorou vários meses, porque era velho. Ao chegar em sua casa, abriu a porta e descobriu que a verdade tinha esperado por ele pacientemente durante todos aqueles anos.....
Pergunta: Ajudaram-lhe de alguma forma  tantos anos de procura....?
Resposta: Não, mas o prepararam para reconhecer a verdade.

Os dois cãezinhos


Diz-se que, há muito tempo, num pequeno e distante povoado, havia uma casa abandonada. Certo dia, um cãozinho, buscando esconder-se do sol, acabou entrando por um buraco de uma das portas da tal casa. Subiu lentamente a velha escada de madeira. No alto, topou com uma porta semi-aberta. Devagarzinho, entrou no quarto. Com surpresa, notou que dentro do quarto havia mil cachorrinhos, observando-o fixamente como ele os observava.

            O cãozinho começou a abanar o rabinho e a levantar as orelhas pouco a pouco. Os mil cãezinhos fizeram o mesmo. Depois sorriu e latiu alegremente para um deles. Ficou surpreso ao ver que os mil cãezinhos também sorriam e latiam para ele!

            Quando saiu do quarto, ficou pensando: "Que lugar agradável! Virei mais vezes visitá-lo!"

            Tempos depois, outro cãozinho vira-latas entrou no mesmo lugar e foi ao mesmo quarto. Mas diferentemente do primeiro, ao ver os outros mil cãezinhos, sentiu-se ameaçado, pois eles o estavam olhando de uma maneira agressiva.

            Começou, então a grunhir e, obviamente, os mil grunhiram para ele. Saiu do quarto, pensando: "Que lugar horrível! Nunca mais voltarei a entrar aqui!"

            À frente dessa casa existia um velho letreiro que dizia: "Casa dos mil espelhos".

Várias vezes ouvi que "todos os rostos do mundo são espelhos".
Como você gostaria de enfrentar o mundo?
Decida qual rosto você mostrará aos outros e decida levá-lo dentro de você.
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