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A margarida com frio


Era uma vez uma margarida em um jardim.
Quando ficou de noite a margarida começou a tremer.
Aí passou a Borboleta Azul. A borboleta parou de voar.
- Por que você está tremendo?
- Frio!
- Oh! É horrível ficar com frio! E logo em uma noite tão escura!
A Margarida deu uma espiada na noite. E se encolheu nas suas folhas.
A Borboleta teve uma idéia:
- Espere um pouco! E voou para o quarto de Ana Maria.
- Psiu, acorde!
- Ah? É você, Borboleta? Como vai?
- Eu vou bem. Mas a Margarida vai mal!
- O que e que ela tem?
- Frio, coitada!
- Então já sei o remédio. É trazer a Margarida para o meu quarto.
- Vou trazer já. A Borboleta pediu ao cachorro Moleque:
- Você leva esse vaso para o quarto da Ana Maria?
Moleque era muito inteligente e levou o vaso muito bem.Ana Maria abriu a porta para eles.
E deu um biscoito para Moleque.
A Margarida ficou na mesa de cabeceira. Ana Maria se deitou. Mas ouviu um barulhinho.
Era o vaso balançando. A Margarida estava tremendo!
- Que é isso?
- Frio!
- Ainda? Então já sei! Vou arranjar um casaquinho para você.
Ana Maria tirou o casaquinho da boneca. Porque a boneca não estava com frio nenhum. E vestiu o casaquinho na Margarida.
- Agora, você está bem. Durma e sonhe com os anjos.
Mas quem sonhou com os anjos foi Ana Maria.
A Margarida continuou a tremer. Ana Maria acordou com o barulhinho.
- Outra vez? Então já sei. Vou arranjar uma casa para você!
E Ana Maria arranjou uma casa para Margarida.
Mas quando ia adormecendo ouviu outro barulhinho. Era a Margarida tremendo.
Então Ana Maria descobriu tudo.
Foi lá e deu um beijo na Margarida!!!
A Margarida parou de tremer.
E dormiram muito bem a noite toda.
No dia seguinte Ana Maria disse para a Borboleta Azul:
-Sabe Borboleta? O frio da Margarida não era frio de casaco não!
E a Borboleta respondeu:
- Ah! Entendi!

Precisamos saber entender qual a necessidade do outro. Na maioria das vezes, é de amor que o outro precisa.

A estrelinha verde

           Era uma vez, milhões e milhões de estrelas no céu. Havia estrelas de todas as cores: brancas, lilases, prateadas, douradas, vermelhas, azuis.

Um dia, elas procuraram o Senhor Deus Todo Poderoso, o Senhor Deus do Universo, e disseram-lhe:

-Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra entre os homens- e Deus respondeu que, já que assim desejavam, assim seria feito:

-Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e poderão descer à Terra.

Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam  nas torres das igrejas, outras foram brincar e correr com os vaga-lumes no campo, outras se misturaram aos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada. Porém, passado algum tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o Céu, deixando a Terra escura e triste.

- Por que voltaram? – perguntou Deus, à medida que elas chegavam ao céu.

- Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá, existe muita miséria, muita desgraça, fome, muita violência, muita guerra, maldades e muita doença. E o Senhor lhes disse:

- Claro, o lugar de vocês é aqui no Céu. A Terra é o lugar transitório daquilo que passa, do ruim, daquele que cai, daquele que morre e onde nada é perfeito. Aqui no céu é o lugar da perfeição. O lugar onde tudo é imutável, onde tudo é eterno, onde nada perece.

Depois de checarem todas as estrelas e conferido seu número, notou a falta de uma estrela e perguntou aos anjos por ela. Um deles respondeu:

- A estrela que está faltando resolveu ficar entre os homens;ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há limites, aonde as coisas não vão bem.

- Mas, que estrela é essa? – voltou Deus a perguntar.

- Por coincidência, Senhor, era a única estrela desta cor. A estrela verde. A cor do sentimento da esperança.

E, então, quando olharam para a Terra, a estrela já não estava só. A Terra estava novamente iluminada, porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa. Poque o único sentimento que Deus não tem, é a Esperança.

Deus já conhece o futuro e a Esperança é a própria natureza humana. Própria daquele que cai, daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que ainda não sabe como será seu futuro.

Que a estrela verde permaneça sempre em nossos corações!

Sons inaudíveis

 
            Um rei mandou seu filho estudar no templo de um grande mestre, com o objetivo de prepará-lo para ser uma grande pessoa.

            Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre o mandou sozinho para uma floresta. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever todos os sons da floresta.

             Retornando ao templo, após um ano, o mestre lhe pediu para descrever todos os sons que conseguira ouvir. Então disse o príncipe:

            - Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus...

             E ao terminar o seu relato, o mestre pediu que o príncipe retornasse a floresta, para ouvir tudo o mais que fosse possível. Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu a ordem do mestre, pensando: "não entendo, eu já distingui todos os sons da floresta..."

             Por dias e noites, ficou sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo... mas não conseguiu distinguir nada de novo além daquilo que havia dito ao mestre. Porém, certa manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. Pensou: "esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse..." E sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria ter certeza de que estava no caminho certo.

             Quando retornou ao templo, o mestre lhe perguntou o que mais conseguira ouvir. Paciente e respeitosamente o príncipe disse:

            - Mestre, quando prestei atenção pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da noite...

            O mestre sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse:

            - Ouvir o inaudível é ter a calma necessária para se tornar uma grande pessoa. Apenas quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, seus medos não confessados e suas queixas silenciosas, uma pessoa pode inspirar confiança ao seu redor, entender o que está errado e atender às reais necessidades de cada um. A morte de uma relação começa quando as pessoas ouvem apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem se atentarem ao que vai no interior, sem ouvir os seus sentimentos, desejos e opiniões reais. É preciso, portanto, ouvir o lado inaudível das coisas, o lado não mensurado, mas que tem o seu valor, pois é o lado do ser humano...


A fé e a corda

          Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Resolveu, depois de muitos anos de preparação, escalar o Aconcágua. Mas ele queria a gloria somente para si e quis escalar sozinho, sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalda dessa dificuldade.
Ele começou a subir e foi subindo... Porém ele não havia se preparado  para acampar e continuou a escalada, decidido a atingir o topo. Escureceu e a noite caiu como um breu, nas alturas da montanha, não sendo possível mais enxergar um palmo a frente do nariz: não se via absolutamente nada. Tudo era escuridão, zero de visibilidade, não havia lua e as estrelas estavam encobertas de nuvens.

Subindo por uma “parede”, a apenas cem metros do topo, ele escorregou e caiu. Caía a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na mesma escuridão e sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade. Ele continuava caindo e nesses angustiantes momentos, passaram por sua mente todos os acontecimentos felizes e tristes que já havia vivido em sua vida. De repente, ele sentiu um puxão forte que quase o partiu  pela metade...shack! Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a um corda comprida que fixou em sua cintura.

Nesses momentos de silêncio, suspenso pelos ares na completa escuridão, não  sobrou para ele nada além do que gritar:

- Oh, meu Deus! Ajude-me!

De repente, uma voz grave e profunda, vinda do céu, respondeu:

-O que você quer de mim, meu filho?

-Me salve, meu Deus, por favor!

-Você realmente acredita que eu possa te salvar?

-Eu tenho certeza, meu Deus!

-Então corte a corda que te mantém pendurado...

Houve um momento de silêncio e reflexão. O homem se agarrou mais ainda a corda e refletiu que se fizesse isso morreria...

Conta o pessoal do resgate que, no outro dia, encontrou um alpinista congelado, morto, agarrado com força com as duas mãos a uma corda...a tão somente dois metros do chão!

Os efeitos de um cântico


    Numa noite clara e serena, subia um pequeno vapor pela corrente do Potomac, na América do Norte. A natureza estava calma, e apenas o ruído da máquina a vapor quebrava o silêncio da noite.
    - Cante, alguma coisa, senhor Sankey - disseram as pessoas ao célebre companheiro e amigo de Moody que estava a bordo.
    - Cantar? - repondeu Sankey - só sei cantar hinos!
    - Pois bem, cante um hino, por favor - disseram todos.
    Sankey se apoiou na grande chaminé, tirou o chapéu e, concentrando-se alguns segundos de pé, começou um canto de prece. Sua voz se elevava pura, esplêndida, emocionante; dessas vozes, cujos timbres devem chegar até o trono de Deus. Havia escolhido o cântico popular "Jesus, sê minha fortaleza".
     O silêncio era profundo e quando se extinguiu a nota final do hino, todos os crentes estavam estáticos, impressionados com o canto.
      De repente, na extremidade do vapor, um homem tostado pelo sol, com aspecto de bandido, aproxima-se de Sankey e, com voz entrecortada, surpreso, lhe diz:
       - Você serviu no exército do Sul? - Aludia à guerra entre o Norte e o Sul dos Estados Unidos, nos anos de 1861 a 1865.
       - Sim - respondeu Sankey.
       - Você esteve em tal batalhão e em tal regimento?
       - Sim, mas por que pergunta?
       - Escute. Você não esteve nos postos avançados, na noite de plenilúnio [lua cheia], de maio de 1862?
       - Sim, estive. Lembro-me perfeitamente.
       - E eu também - disse o homem de tez bronzeada. - Aquela noite foi, para mim, a mais extraordinária, a mais memorável da minha vida. E a sua também, senhor, apesar de não saber nada a esse respeito. Eu servia como você, nessa guerra, no exército do Norte, inimigo do seu. Estava também nos postos avançados, naquela noite, quando, ao resplendor da lua, vi um homem, um inimigo.
      "Ah, meu jovem, você, pelo menos, não me escapa. Pobre homem, tem apenas alguns segundos de vida."
       Você tinha a cabeça descoberta e eu me ocultava na sombra. Meus dedos já pousavam no gatilho... O vulto fez movimento, levantou seus olhos, fixando-se em uma pequena estrela que brilhava no céu, começou a cantar... Mas, fazer o quê! Cada um tem suas fraquezas... A minha é gostar apaixonadamente de música.
      "Oh! que voz tem este condenado! Deixemos que viva mais dois ou três minutos", eu disse a mim mesmo.
      E ele continuou cantando "Jesus, sê minha fortaleza". Quando chegou à segunda estrofe, notei que algo me dominava; eu não sei o que foi, pois nunca senti coisa igual; eu estava perturbado.
       "Devo lhe dizer que, quando era criança, minha mãe cantava para mim esse cântico. Ela morreu muito moça. Se tivesse vivido mais tempo, eu seria outro homem. E eis que, naquele momento, naquela noite de lua cheia, repentinamente, senti como que um beijo no meu rosto, como nos tempos em que era menino. Isso me tocou o coração. 'É seu espírito', pensei. 'Ela está aqui, veio para me impedir de atirar nesse pobre crente, esse filho de outra mãe, agora exposto ao cano do meu fuzil'. Aconteceu mais ainda. Uma voz me dizia com força: 'Esse Jesus deve ser forte e poderoso para salvar esse homem de morte tão certa'. E quando vi você, agora, como naquela noite, com a cabeça descoberta, ao resplendor da lua, e ouvi o cântico, o cântico de minha mãe, meu coração se enterneceu. Na primeira vez, fiquei muito impressionado; agora, estou inteiramente decidido: você quer me ajudar a encontrar esse Jesus que é tão poderoso, e que o enviou duas vezes para perto de mim, sem dúvida para me fazer mudar de caminho?"
       Sankey abriu os braços e os dois homens se abraçaram, tremendo de emoção.
       O canto de um hino salvou a vida de um homem e mudou a vida de outro.

Um erro perfeito


            Meu avô amava a vida, principalmente quando podia fazer alguma brincadeira com alguém. Até que, num frio domingo em Chicago, meu avô pensou que Deus havia feito uma brincadeira com ele.

            Ele era carpinteiro e, nesse dia, havia estado fazendo uns baús de madeira, na igreja, para roupas e outros artigos que seriam enviados a um orfanato na China. Quando voltava para casa, enfiou a mão no bolso de sua camisa para pegar seus óculos e eles não estavam ali. Ele estava certo de tê-los colocado no bolso, nessa manhã. Assim, voltou à igreja. Procurou por lá, mas não os encontrou. Então, se deu conta de que os óculos haviam caído do bolso da camisa, sem que ele percebesse, enquanto trabalhava nos baús que já havia fechado e despachado. Seus óculos novos seguiam caminho para China!

            A Grande Depressão estava no auge e meu avô tinha seis filhos. Havia gastado vinte dólares naqueles óculos. “Não é justo”, disse a Deus, enquanto guiava frustrado, de volta para sua casa. “Fiz uma boa obra, doando meu tempo e meu dinheiro, e agora me acontece isso!”

            Vários meses depois, o diretor do orfanato estava visitando os Estados Unidos e queria conhecer todas as igrejas que haviam colaborado com o orfanato da China. E, num domingo, à noite, chegou à pequena igreja que meu avô frequentava, em Chicago. Meu avô e sua família estavam sentados entre os fiéis, como de costume.

            O missionário começou a agradecer às pessoas por sua bondade ao apoiar o orfanato com suas doações:

            ─ Mas, antes de tudo ─ disse ─, devo agradecer-lhes pelos óculos que me mandaram. Os comunistas haviam entrado no orfanato, destruindo tudo o que tínhamos, inclusive meus óculos. Eu estava desesperado! Ainda que tivesse dinheiro para comprar outros, não havia onde. Além de não poder enxergar bem, tinha fortes dores de cabeça todos os dias. Por isso, meus companheiros e eu pedimos muito a Deus que resolvesse aquela situação. Então, chegaram suas doações. Quando meus companheiros tiraram tudo, encontraram uns óculos, em cima de uma das caixas.

            O missionário fez uma longa pausa, como que para permitir que todos digerissem suas palavras. Em seguida, ainda maravilhado, continuou:

            ─ Amigos, quando coloquei os óculos, eram como se tivessem sido aviados sob medida para mim! Quero agradecer-lhes por terem me proporcionado isso!

            Todas as pessoas ouviram e ficaram contentes pelos óculos milagrosos, mas acharam que o missionário devia ter se confundido de igreja, pois não havia óculos na lista dos produtos que tinham enviado à China. Mas, sentado atrás, em silêncio, com lágrimas nos olhos, um simples carpinteiro compreendia que o Carpinteiro Mestre o havia usado de maneira extraordinária.

(Cheryl Walterman Stewart)

O piano


           Desejando encorajar o progresso de seu jovem filho ao piano, a mãe levou seu pequeno a um concerto de Paderewski. Depois de se sentarem, a mãe viu uma amiga na platéia e foi até ela para saudá-la.
           
            Aproveitando a oportunidade para explorar as maravilhas do teatro, o pequeno menino se levantou e suas explorações o levaram a uma porta onde estava escrito: "PROIBIDA A ENTRADA".

            Quando as luzes diminuíram e o concerto estava prestes a começar, a mãe retornou ao seu lugar e descobriu que seu filho não estava lá. De repente, as cortinas se abriram e as luzes caíram sobre um impressionante piano Steinway no cento do palco. Horrorizada, a mãe viu seu filho sentado ao teclado, inocentemente catando as notas de uma música infantil.

            Naquele momento, o grande mestre fez sua entrada, rapidamente foi ao piano, e sussurrou no ouvido do menino:

            - Não pare, continue tocando.

            Então, debruçando-se, Paderewski estendeu sua mão esquerda e começou a preencher a parte do baixo. Em seguida, colocou sua mão direita ao redor do menino e acrescentou um belo acompanhamento de melodia. Juntos, o velho mestre e o jovem noviço transformaram uma situação embaraçosa em uma experiência maravilhosamente criativa. O público ficou perplexo.

É assim que as coisas são. O que podemos conseguir por conta própria mal vale mencionar. Fazemos o melhor possível, mas os resultados não são exatamente como uma música graciosamente executada. Mas, com as mãos do Mestre, as obras de nossas vidas verdadeiramente podem ser lindas.
Na próxima vez que você se determinar a realizar grandes feitos, ouça atentamente. Você pode ouvir a voz do Mestre, sussurrando em seu ouvido : "Não pare, continue tocando". Sinta seus braços amorosos ao seu redor. Saiba que suas fortes mãos estão tocando o concerto de sua vida. Lembre-se, Deus não chama aqueles que são equipados. Ele equipa aqueles que são chamados. E Ele sempre estará lá para amar e guiar você a grandes coisas.

Generosidade: levante essa pedra


            Um dia, Diógenes estava parado em uma esquina, rindo feito um louco.
            - Do que está rindo? - perguntou-lhe alguém que passava.
            - Você está vendo aquela pedra no meio da rua? Desde que cheguei aqui, esta manhã, dez pessoas tropeçaram nela e a maldisseram, mas nenhuma delas teve a boa vontade de retirá-la do caminho para que outros não tropeçassem.

Seja generoso. Levante as pedras que encontrar na rua. Não por você, mas pelos outros. Ser generoso é dar sem esperar receber. Não é dar o que lhe sobra. É dar de si mesmo. Você é generoso com sua família? Com seus amigos?

Muito apressado


            Certa vez, um motorista guiava por uma autoestrada dos Estados Unidos, a uma velocidade excessivamente alta, quando, de repente, justamente depois de uma curva, aparece um homem no meio da pista, fazendo sinal de parada com os braços, de uma forma desesperada. O condutor, entre surpreso e assustado, tocou insistentemente a buzina para que o homem saísse do caminho, mas foi inútil, ele continuava a fazer sinais com os braços para detê-lo.

            ─ Deve estar louco ─ disse o condutor, enquanto pisava no freio, provocando um forte ruído e deixando grandes marcas negras no asfalto, conseguindo assim brecar o caminhão, antes de atropelar aquele homem.

            Enraivecido, desce do caminhão, bate a porta com força e se dirige ao homem:

            ─ Por acaso, você está cego? Não vê que esta carreta é perigosa e você fica na frente como se não fosse nada? Você é tão louco que não vê o perigo que corre?

            ─ Não, senhor, não estou louco ─ contestou o indivíduo. ─ O que acontece é que a ponte da próxima curva acaba de cair e se eu não fizesse algo, talvez, neste momento, você já estivesse morto. Tive que arriscar minha vida para ver se podia salvar a sua.

 Talvez na carreta de tua vida, algum “louco”, como dizem, tenha obstaculizado teus passos para tentar te dizer: “Cristo te ama, Cristo vem” e tu te encolerizaste porque vais com muita pressa. Talvez, hoje, eu esteja colocando obstáculos no teu caminho, tirando-te uns poucos minutos, mas o que teria acontecido se o motorista fizesse pouco caso do indivíduo no caminho? O que acreditas que acontecerá às pessoas que ouvem a advertência da Palavra de Deus e não fazem caso?

O cavalinho



     Certa tarde, o paizão saiu para um passeio com as duas filhas, uma de oito e a outra de quatro anos.
Em determinado momento da caminhada, Helena, a filha mais nova, pediu ao pai que a carregasse, pois estava muito cansada para continuar andando. O pai respondeu que estava também muito fatigado e, diante da resposta, a garotinha começou a choramingar e fazer "corpo mole".

      Sem dizer uma só palavra, o pai cortou um pequeno galho de árvore e o entregou a  Helena, dizendo:            


            - Olhe aqui, um cavalinho para você montar, filha! Ele irá ajudá-la a seguir em frente.


            A menina parou de chorar e pôs-se a cavalgar o galho verde tão rápido que chegou em casa antes dos outros. Ficou tão encantada com seu cavalo de pau, que foi difícil fazê-la parar de galopar.
            A irmã mais velha ficou intrigada com o que viu e perguntou ao pai como entender a atitude de Helena. O pai sorriu e respondeu:
            - Assim é a vida, minha filha. Às vezes, a gente está física e mentalmente cansado, certo de que é impossível continuar. Mas encontramos então um "cavalinho" qualquer que nos dá ânimo outra vez. Esse cavalinho pode ser um bom livro, um amigo, uma canção... Então, quando você se sentir cansada ou desanimada, lembre-se de que sempre haverá um cavalinho para cada momento, e nunca se deixe levar pela preguiça ou o desânimo.

Nunca é tarde para aprender

Primeira importante lição:
            Durante meu segundo mês na escola de enfermagem, nosso professor  nos deu um questionário. Eu era um bom aluno e respondi rápido todas as questões até chegar à ultima que era: "Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza da escola?" Sinceramente, isso parecia uma piada. Eu já tinha visto a tal mulher várias vezes. Ela era alta, cabelos escuros, lá pelos seus 50 anos, mas como eu ia saber o primeiro nome dela? Eu entreguei meu teste, deixando essa questão em branco e, um pouco antes da aula terminar, um aluno perguntou se a última pergunta do teste ia contar na nota. "Certamente", respondeu o professor. "Na sua carreira, você encontrará muitas pessoas. Todas têm seu grau de importância. Elas merecem sua atenção  mesmo que seja com um simples sorriso ou um simples alô".

            Eu nunca mais esqueci essa lição e também acabei aprendendo que o primeiro nome dela era Dorothy.



Segunda importante lição:

            Numa época em que um sorvete custava muito menos do que hoje, um menino de 10 anos entrou num coffee shop de um hotel e sentou-se a uma mesa. Uma garçonete colocou um copo de água na frente dele.

            - Quanto custa um sundae?  - ele perguntou.

            - 50 centavos - respondeu a garçonete.

            O menino puxou as moedas do bolso e começou a contá-las.

             - Bem, quanto custa o sorvete simples?

            A essa altura, mais pessoas estavam  esperando por uma mesa e a garçonete perdendo a paciência:

            - 35 centavos - respondeu ela, de maneira brusca.

            O menino, mais uma vez, contou as moedas e disse:

            - Eu vou querer, então, o sorvete simples. A garçonete trouxe o sorvete simples, a conta, colocou na mesa e saiu.

            O menino acabou o sorvete, pagou no caixa a conta e saiu. Quando a garçonete voltou, ela começou a chorar à medida que  ia limpando a mesa, pois ali, do lado do prato, tinham duas moedas de 5 centavos e cinco moedas de 1 centavo, ou seja,  o menino não pôde pedir o sundae porque ele queria que sobrasse a gorjeta da garçonete.
 
LEMBRE-SE

* Trabalhe como se você  não precisasse do dinheiro.
* Ame como se você nunca tivesse sido magoado e
* Dance como se ninguém estivesse olhando

O coração chegou primeiro


            Um ancião caminhava com dificuldade, num dia frio de inverno e começou a subir uma alta montanha.

            O tempo piorou e cada vez era mais difícil avançar. Até que, por fim, chegou a um refúgio da montanha e o montanheiro  lhe perguntou:

            - Como  você conseguiu chegar até aqui?

            E o ancião lhe respondeu com alegria:

            - O meu coração chegou  primeiro e, ao resto do corpo, não  foi difícil segui-lo.

Inverno


           
            Lembro-me que meu pai necessitava de lenha em um dia de inverno. Assim procurou uma árvore morta e cortou-a. Mas logo na primavera viu desolado que, do tronco seco dessa árvore, brotavam novos ramos.

             Meu pai disse:
            - Eu tinha certeza que essa árvore estava morta. Havia perdido todas as folhas no inverno. Fazia tanto frio que os ramos se quebravam e caíam, não deixando nem um sinal de vida naquele tronco.

            E voltando-se para mim, aconselhou-me:
            - Jamais corte uma árvore no inverno. Jamais tome uma decisão negativa em tempo adverso. Nunca tome decisões importantes quando você estiver com o ânimo alterado. Espere. Seja paciente. A tormenta passará. Lembre-se de que a primavera voltará.

(Robert Schuller)

Esqueçamos o que nos prejudica

             Dois monges caminhavam pelo campo ao entardecer e, enquanto caminhavam, oravam e refletiam. Um pouco antes de chegarem a um rio que tinham que cruzar e sem ponte, aproximou-se uma mulher de baixa estatura, pedindo que a ajudassem a atravessar o rio.

            Um deles, imediatamente disse que sim, enquanto o outro o olhava com desaprovação. O que se dispôs a ajudar a mulher, colocou-a em seus ombros e, terminada a travessia,  baixou-a novamente ao chão. Esta ficou-lhe muito agradecida. E os monges seguiram seu caminho.

            O monge que discordou da ajuda oferecida à mulher começou a recriminar o companheiro por seu comportamento:

            - Por que colocou aquela mulher em seus ombros? Você não sabe que, no convento, nos proibiram o contato com mulheres?

            O monge não respondeu. Seguiram o caminho e o outro sempre insistindo em suas perguntas, sem obter resposta.

              Pouco antes de chegar ao convento, o monge voltou a questionar sobre o que havia acontecido e, por fim, o outro monge respondeu:

            - Faz mais de quatro horas que aquela mulher não está mais na minha cabeça, mas continua na sua. O que você ganha em se prejudicar tanto, guardando em sua mente coisas do passado? O que ganha, mantendo em seu pensamento coisas que não lhe dizem respeito?


Guardamos em nossa mente acontecimentos ou fatos que já passaram, que nos desgostaram e que continuam a nos prejudicar, quando o melhor é, se não podemos apagá-los totalmente de nossa memória, ao menos, deixá-los de lado ou nos lembrarmos deles como lições aprendidas.

Empurre

Conta-se que existia um homem muito bom que tinha problemas físicos e vivia no campo. Um dia, lhe pareceu Jesus e lhe disse:

         ─ Quero que você vá até aquela rocha grande na montanha e a empurre dia e noite, durante um ano.

         O homem ficou perplexo ao ouvir essas palavras, mas obedeceu e se dirigiu à enorme rocha de várias toneladas que Jesus lhe mostrou.

         Começou a empurrá-la com todas as suas forças, dia após dia, mas não conseguia movê-la um milímetro.

         Depois de algumas semanas, o diabo apareceu e colocou pensamentos em sua mente:

         ─ Por que você continua obedecendo a Jesus? Eu não obedeceria alguém que me fizesse trabalhar tanto e sem sentido. Você deve deixar disso! Mas já que é estúpido, continue a empurrar essa rocha. Nunca irá conseguir tirá-la do lugar!

         O homem sempre pedia a Jesus que o ajudasse a não duvidar de Sua vontade, e mesmo sem entender, mantinha-se firme em sua decisão de empurrar.

         Durante meses, desde que o sol nascia, até que se punha, aquele homem empurrava a enorme pedra, sem conseguir movê-la. Enquanto isso, seu corpo se fortalecia, seus braços e suas pernas iam ficando fortes por causa do esforço diário. Quando o tempo se completou, o homem elevou a Jesus uma oração, dizendo:

         ─Já fiz o que me pediste, mas fracassei, não consegui mover a pedra nem um centímetro!

         E sentou-se, chorando amargamente, pensando no seu evidente fracasso.

         Nesse momento, Jesus apareceu e lhe disse:

         ─ Por que você está chorando? Eu lhe pedi que empurrasse a rocha, nunca lhe pedi que a movimentasse. Em compensação, veja, seu problema físico desapareceu! Você não fracassou e eu consegui meu objetivo. E você foi parte do meu plano.



Nós, muitas vezes, assim como esse homem, achamos ilógicas as situações, problemas e adversidades da vida e começamos a procurar sua lógica, nossa lógica, à vontade de Deus. Aí, vem o inimigo e nos diz que não servimos para nada, que somos inúteis ou que não devemos continuar.

O dia de hoje é um chamado para “empurrar”, sem dar atenção a tantos pensamentos de dúvida que o inimigo coloca em nossas mentes. Coloquemos tudo nas mãos de Jesus, e Ele, por sua vontade, nunca nos fará perder tempo, pelo contrário, nos fará mais fortes!

Do coração


O estacionamento estava deserto quando me sentei para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho. Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando me afundar. E se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante se chegou, cansado de brincar. Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria:

         - Veja o que encontrei.

         Na sua mão, uma flor. E que visão lamentável! pétalas caídas, pouca água ou luz. Querendo me ver livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei. Mas, ao invés de recuar ele se sentou ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:

         - O cheiro é ótimo, e é bonita também... Por isso, a peguei. Tome-a, é sua.

         A flor à minha frente estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de lá. Então me estendi para pegá-la e respondi:

         -  Era o que eu precisava.

         Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão. Nessa hora, notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos. Ouvi minha voz sumir, lágrimas despontaram ao sol, enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquele jardim.
         - De nada, ele sorriu. E então voltou a brincar, sem perceber o impacto que teve em meu dia. Sentei-me e me pus a pensar como ele conseguiu enxergar um homem autopiedoso sob um velho carvalho. Como ele sabia do meu sofrimento auto-indulgente? Talvez, no seu coração, ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão. Através dos olhos de uma criança cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo, e sim EU.

         E, por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciei cada segundo que é só meu. E então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa, e sorri enquanto via aquele garoto, com outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade.

Fiz você...

foto anne geddes

            Vi, na rua, uma menininha tremendo de frio, com um leve vestido e pouca esperança de encontrar uma comida decente.
            Indignei-me e disse a Deus:
            ─ Por que o Senhor permite isso? Por que não faz algo para resolver essa situação?
            Durante certo tempo, Deus não disse nada e, nessa noite, respondeu:
            ─ Já fiz algo para resolver isso... fiz você!
Muitas vezes, culpamos a Deus por todas as coisas que acontecem e O recriminamos por permitir que aconteçam, mas não pensamos que Deus confia em nós, para fazer um mundo melhor.
Deus não nos anula, permite-nos ser parte de Sua criação,  demonstrando, ao mesmo tempo, que temos a capacidade para ajudar os outros.
Na próxima vez que você vir uma injustiça, não diga, “Coitado!”, “Por que Deus permite isto?”, mas aja, pois sua fé é demonstrada por seus atos, conforme diz São Tiago em uma de suas cartas... Vamos, demonstre que Deus se lembra deles... por meio de você.

Cada um dá o que tem

            Havia duas vizinhas que vivam em pé de guerra. Não podiam se encontrar na rua que era briga na certa.
            Depois de seu encontro com Jesus, dona Maria descobriu o verdadeiro valor da amizade e resolveu que iria fazer as pazes com dona Clotilde. Ao encontrarem-se na rua, muito humildemente, disse dona Maria:
            - Minha querida Clotilde, já estamos nessa desavença há anos e sem nenhum motivo aparente. Estou propondo para você que façamos as pazes e vivamos como duas boas e velhas amigas.
            Dona Clotilde, na hora, estranhou a atitude da velha rival, e disse que iria pensar no caso. Pelo caminho foi matutando: "Essa dona Maria não me engana, está querendo me aprontar alguma e eu não vou deixar barato. Vou mandar-lhe um presente para ver sua reação."

            Chegando em casa, preparou uma bela cesta de presentes, cobrindo-a com um lindo papel, mas encheu-a de esterco de vaca. "Eu adoraria ver a cara da dona Maria ao receber esse 'maravilhoso' presente. Vamos ver se ela vai gostar dessa".
            Mandou a empregada levar o presente na casa da rival, com um bilhete: "Aceito sua proposta de paz, e para selarmos nosso compromisso, envio-te este lindo presente".
            Dona Maria estranhou o presente, mas não se exaltou.
            - O que ela está propondo com isso??? Não estamos fazendo as pazes? Bem, deixa pra lá.
            Alguns dias depois, dona Clotilde atende a porta e recebe uma linda cesta de presentes coberta com um belo papel. "É a vingança daquela asquerosa da Maria. Que será que ela me aprontou?!", pensou.
            Qual não foi sua surpresa ao abrir a cesta e ver um lindo arranjo das mais belas flores que podiam existir num jardim, e um cartão com a seguinte mensagem: "Ofereço-te estas flores em prova da minha amizade. Foram cultivadas com o esterco que você me enviou e que proporcionou excelente adubo para meu jardim".

Aceitas um chocolate, Senhor?


Conta uma historinha que uma criança brincava no parque enquanto a mãe a observava. Depois de um bom tempo, a mãe lhe dá um pedaço de chocolate para comer e a menina se lambuza todinha e vem correndo para os braços da mãe, toda suja, oferecendo a ela seu delicioso chocolate...
A mãe a recebe de braços abertos, sem se importar se as mãozinhas da criança vão sujá-la também. Diz ainda a historinha que a mãe lambe seus dedinhos, sem qualquer reação de repulsa, tudo nela é acolhimento.
Acho que Deus também age assim conosco. Abre os braços quando nos voltamos para Ele e pouco se importa se vamos sujá-lo, abraça-nos, acolhe tudo que somos e lambe nossas mãos de toda sujeira, com aquele imenso carinho de quem ama incondicionalmente...
Aceitas um chocolate, Senhor?

É preciso continuar cantando...

            Quando Karen soube que estava esperando um bebê, fez de tudo para preparar seu filho Miguel, de três anos, para essa nova etapa de sua vida.
            Essa nova criança seria uma menina e, dia e noite, Miguel cantava para ela, no ventre de sua mãe. Estava apaixonado por sua irmãzinha, mesmo antes de conhecê-la.
            A gravidez transcorreu normalmente e o trabalho de parto começou bem, mas depois houve problemas, a criança demorou muito a nascer e veio ao mundo em muito más condições. Precisaram levá-la à UTI neonatal do Hospital Santa Maria, em Knoxville, Tennessee. Os dias passavam e a menina piorava, a ponto de os médicos dizerem que restavam poucas esperanças, que os pais deveriam se preparar para o pior.
            Karen e o marido, que haviam preparado o quarto do bebê com tanto amor e carinho, tiveram que entrar em contato com o cemitério para arrumar um lugar para sua filhinha e preparar o funeral.
            Enquanto isso, Miguel pedia aos pais que o deixassem ver sua irmãzinha. “Quero cantar para ela”, dizia-lhes.
            Passaram-se duas semanas e tudo indicava que a menina não chegaria ao final de mais uma. E Miguel insistindo que queria cantar para a irmãzinha. Explicavam-lhe que era proibida a entrada de crianças na UTI, mas nada o demovia. Karen resolveu que o levaria, pois se Miguel não a visse agora, talvez não a veria jamais com vida. Embrulhou-o em um lençol e o levou. Miguel parecia uma trouxa de roupa suja. Mas a chefe das enfermeiras percebeu e ficou furiosa: “Tirem esse menino daqui, agora mesmo!”.
            Isso enfureceu Karen que, esquecendo-se de seus modos de dama que sempre a caracterizaram, vincou os lábios, endureceu o olhar e disse com firmeza: “Ele não vai embora até que não cante para sua irmãzinha!”. E levou-o até ela.
            Miguel olhou para o nenezinho que estava perdendo a batalha pela vida e, depois de um momento, com a voz que saía do coração de um menino de três anos, começou a cantar: “És minha luz do sol, minha única luz, tu me fazes feliz, quando o céu está escuro...” (conhecida canção, em inglês, You are my sunshine).
            No mesmo instante, o bebê pareceu responder ao estímulo da voz de Miguel, seu pulso começou a voltar ao normal. “Continue cantando, Miguel”, pedia-lhe desesperadamente sua mãe com lágrimas nos olhos.
            “Tu não saberás nunca, querida, o quanto te amo, por favor não leves minha luz do sol...”. Enquanto Miguel cantava, o bebê se movia e sua respiração se tornava tão suave como a de um gatinho quando é acariciado. “Continue cantando, meu carinho”, dizia a mãe. E ele continuava como fazia, quando sua irmãzinha ainda estava no ventre da mãe. “Na outra noite, querida, enquanto dormia, sonhei que te abraçava em meus braços...”. A menina começou a relaxar e dormir num sono reparador. “Continue cantando, Miguel!”. Agora era a voz da enfermeira que, com lágrimas nos olhos, não parava de pedir que o menino continuasse.
            “Tu és minha luz do sol, minha única luz do sol, por favor, não leves meu sol...”
            No dia seguinte, no mesmíssimo dia seguinte, a menina estava em perfeitas condições para ir para casa.
            A revista Woman's Day chamou o caso de “O milagre da canção do irmão”. Os doutores chamaram simplesmente de milagre. Káren chamou de “O milagre do amor de Deus”.
...

Nunca se dê por vencido pelas pessoas que você ama...
O amor é incrivelmente poderoso.
A vida é demasiadamente boa para ser desperdiçada.
Confie em Deus que sabe que você está exatamente onde deve estar.
Nunca se esqueça das infinitas possibilidades que nascem da fé.
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